A correta coleta e interpretação de dados são fundamentais para um diagnóstico laboratorial eficiente na suinocultura. Segundo Carolina Reck, CEO do Laboratório Verta, a fase pré-analítica – que envolve a coleta e o envio das amostras ao laboratório – é determinante para um resultado confiável. Muitos diagnósticos frustrados ocorrem devido a erros nessa etapa, prejudicando a tomada de decisão no campo.
Carolina mencionou que, o diagnóstico atual ainda é majoritariamente reativo, sendo realizado apenas diante de problemas como mortalidade elevada, baixo desempenho ou falhas em protocolos sanitários. No entanto, para uma tomada de decisão mais assertiva, é essencial gerar evidências robustas, desmistificando a responsabilização isolada de fatores como nutrição, antibióticos e vacinas.
A especialista explicou que o diagnóstico laboratorial se divide em três fases essenciais: pré-analítica (coleta), analítica (análise laboratorial) e pós-analítica (interpretação e aplicação dos resultados). A fase pré-analítica, segundo carolina, é determinante para um resultado confiável, pois erros na coleta podem levar a diagnósticos frustrados e inconclusivos.
“Cuidar antes da coleta, pensar o que vai coletar, como vai coletar e a comunicação com o laboratório, é essencial. Então, ter essa comunicação com o laboratório, trocas de ideias, experiência, é importante pra gente chegar num diagnóstico robusto e eficiente”, apontou Carolina.
Ela ressalta que a amostra errada, acondicionamento inadequado e solicitação de exame incompatível são os erros mais comuns na fase pré-analítica. Para evitar falhas, a coleta deve ser direcionada e certeira, garantindo que os exames laboratoriais forneçam informações estratégicas para o manejo sanitário da granja.
Eventos como o Congresso da Abraves-PR, realizado na última semana, desempenham um papel essencial na conscientização sobre boas práticas diagnósticas. “É uma área que a gente não olha muito. Então, eu fico muito feliz com o convite de poder falar sobre esse assunto”, destacou Carolina.
Ela finalizou dizendo que investir em treinamentos, produção de materiais educativos e capacitação dos veterinários é fundamental para melhorar a eficiência dos diagnósticos e, consequentemente, a sanidade animal.